sexta-feira, 26 de junho de 2020

Filosofia iluminista ( Iluminismo )

Iluminismo 

O Iluminismo foi a construção teórica da Revolução Francesa (séc. XVIII, também conhecido como Século das Luzes).

A Filosofia do Iluminismo e a educação: proposta de educação universal, com o surgimento da Enciclopédia, com objetivo de facilitar o acesso ao conhecimento reflexivo e técnico, para alcançar o progresso. 

O Iluminismo foi o repertório teórico da Revolução Francesa, que foi uma Revolução Burguesa, de questionamento do absolutismo.

Para os iluministas as leis naturais regularam as relações entre os homens, assim como os fenômenos da natureza. 

O princípio organizador da sociedade deveria ser a busca pela felicidade. 

Aqui houve a redefinição do cenário político no ocidental, com a contribuição de Rousseau, Locke, Hobbes, Montesquieu e Edmund Burke.

Rousseau -> propriedade coletiva + liberdade coletiva = Igualdade (Esquerda)

Locke -> propriedade privada + liberdade individual = Liberdade (Direita liberal)

Hobbes -> Poder centralizado, inquestionável e irrevogável.

Burke: manutenção das tradições. (conservadorismo) 

Os filósofos iluministas eram;

      Deísta
Deus existe e criou o universo.
Deus não faz nenhum tipo de intervenção nas relações humanas.

     Obs:  Teísta
Deus existe e criou o universo.
Deus faz intervenções nas relações humanas.

Filósofos do Iluminismo: 

• Montesquieu:

Considerou que o governo ideal seria organizado pelos poderes executivo, legislativo e judiciário. 
Acreditava que as formas de governo seriam resultado da situação social e econômica de cada país.

Exemplo:
• Países com grande extensão territorial: despotismo.
• Países com média extensão territorial: monarquia limitada (com leis fixas e respeitada pelo rei).
• Países com pequena extensão territorial: república. 

• Voltaire  

Participou da confecção da Enciclopédia defendeu a paz e a liberdade.

• Rousseau

Era contratualista e acreditava que o surgimento da propriedade privada era responsável pelas desigualdades entre homens, e inclusive pela ausência de paz.

• Diderot 

Acreditava que a natureza deveria regular a economia. O Estado serviria somente para garantir o livre curso da natureza. Era um autor fisiocrata porque acreditava no governo da natureza (agricultura).

• Adam Smith

Acreditava que o trabalho seria a única fonte de riqueza dos homens, com total liberdade e sem intervenções, quando pela natureza.

Povo, Estado e nação.

  Tanto para Locke quanto para Rousseau, o contrato social seria questionável e revogável.

Módulo 15: Povo, Estado e Nação 

- População: número de habitantes de determinada localidade. 

- Povo: dimensão humana do Estado. Nesse sentido, é possível compreender como "povo" o conjunto de pessoas que possui direito político, concretizado através da cidadania, numa sociedade democrática. 

- Nação: construída a partir do sentimento do indivíduo de pertencimento à sociedade (grupo social). Nessa relação entre indivíduo e sociedade são construídas as normas morais e jurídicas, por exemplo. 

Benedict Anderson entendeu que uma nação é formada a partir de uma comunidade imaginada porque as pessoas ainda que não se conheçam possuem interesses e hábitos em comum. Trata-se de uma identidade social compartilhada que formará uma memória coletiva e um sentimento de nacionalidade.

- Estado: é construído a partir das normas morais e jurídicas. As instituições sociais podem ser oficiais e extraoficiais. As instituições sociais vinculadas juridicamente ao Estado são oficiais. A família, por exemplo, é uma instituição social extraoficial, porque não possui um conjunto de normas e regulamentos determinados pelo Estado. 

- Nações e povos sem Estado: normalmente são minorias étnicas nos territórios em que habitam as nações e os povos sem Estado ocupam territórios autônomos vivendo em áreas nas quais os processos políticos e decisórios se encontram sob o controle de outros grupos.
As principais nações e povos sem EstadoGeralmente, minorias étnicas nos territórios em que habitam as nações e os povos sem Estado ocupam territórios autônomos, vivendo em áreas nas quais o processo político decisório se encontra sob controle de outros grupos.214SOCIOLOGIACapítulo 152a Série

As principais nações e povos sem EstadoGeralmente, minorias étnicas nos territórios em que habitam as nações e os povos sem Estado ocupam territórios autônomos, vivendo em áreas nas quais o processo político decisório se encontra sob controle de outros grupos.214SOCIOLOGIACapítulo 152a Série

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Empirismo britânico

Módulo 13: Empirismo.

EMPIRISMO BRITÂNICO

a) John Locke

   Considerou que todos os seres humanos nascem como uma tábula rasa, ou seja, como uma folha em branco. Através dos estímulos externos, percebidos pelos sentidos, é concretizada a sensação e, assim, são formadas as ideias simples, porque houve modificação na mente humana, ou seja, a reflexão, que se constitui na percepção que a alma tem do que nela ocorre. Em seguida, são construídas ideias pelo intelecto (ideias complexas). Tais ideias não possuem verdade objetiva.

b) Ceticismo de Hume

   As pessoas, através dos sentidos, percebem o mundo externo. Em seguida, são construídas impressões, através da razão. Em virtude da repetição, as experiências empíricas podem se tornar hábitos e crenças.

   Para Hume, as ideias são memórias das experiências empíricas. Hume considerava que o fato de um episódio se repetir o torna provável, mas não há garantia, e por esse motivo, não pode se tornar uma lei científica.

c) Francis Bacon

   Teoria dos ídolos. Ídolos são falsas noções da realidade, que impedem o processo de compreensão da realidade com clareza.

   Ídolos da tribo =  proveniente do hábito coletivo (cultura).

   Ídolos do mercado ou foro =  distorção da realidade através da linguagem (discurso).

   Ídolo do teatro =  qualquer proposta que não possa ser comprovada de modo científico.

   Ídolo da caverna =  percepção individual do mundo. A pessoa não aceita sugestão.

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Contratualismo: Hobbes, Locke e Rousseau.

Módulos 13 e 14: Contratualismo.

       Os autores contratualistas buscam a origem do Estado. Mas não se trata da origem histórica do Estado. Eles buscam o motivo pelo qual as pessoas, em algum momento da história, decidiram obedecer a um Estado. Hobbes, Locke e Rousseau compreendem a origem do Estado a partir da existência um suposto "Estado Natureza". 

       Para Hobbes, no Estado de Natureza, todas as pessoas tinham diretor a tudo, por isso poderiam matar umas às outras. Era um ambiente de ausência de paz. Hobbes entende que as pessoas não são sociáveis por natureza e por esse motivo deveriam obedecer a um Estado comandado por um líder com poder inquestionável e irrevogável. Esse Estado deveria assegurar a paz e a vida. 

       Para Locke, o Estado da Natureza seria um ambiente de relativa paz. Nesse sentido, as pessoas deveriam obedecer ao Estado para assegurar a paz, a vida, a propriedade privada e a liberdade individual. Assim foram lançadas as bases do que atualmente conhecemos como liberalismo. 

       Para Rousseau, o Estado de Natureza era um ambiente de paz, porque a propriedade era coletiva e a liberdade também. O surgimento da propriedade privada teria colocado fim ao ambiente de paz e estabelecido a desigualdade entre os homens. Por esse motivo, o Contrato Social deveria ser orientado pela vontade geral, uma vez que atender a vontade de todos seria impossível. De acordo com a vontade geral, as pessoas formariam um corpo político para decidirem o que seria melhor para a totalidade da vida social. 

       Tanto para Locke quanto para Rousseau, o contrato social seria questionável e revogável.

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Renascimento

Módulo: 11

Filosofia no Renascimento 

-> Período de retomada das ideias clássicas greco-romanas.

-> Desenvolvimento de uma visão racional do ser humano, em conflito com a Igreja Católica.

-> Surgimento de um novo tipo de filosofia: HUMANISMO.

-> A filosofia humanista se assentava sobre a cultura grega e latina. Era uma filosofia racionalista.

-> A filosofia humanista pregava a libertação do homem de modo destemido em relação aos pensamentos e ações.

-> Os filosofia humanistas desejavam transformar a realidade, ao invés de somente aceitá-la.

-> Conceito de modernidade: Percepção da humanidade vinculada a cultura e filosofia europeias.

-> A modernidade surgiu no século XVI, época em que ocorreram as Reformas Protestantes. Embora a modernidade seja associada ao pensamento positivista, em virtude do otimismo e na fé na ciência, enquanto conceito Positivismo surgirá no final da modernidade, August Comte, no século XIX.

->Filósofos Modernos: 

a) Descartes: criou o método cartesiano, em busca de uma verdade indubitável (inquestionável).

b) Francis Bacon: filósofo, político e representante do empirismo ( experiência concreta para alcançar o conhecimento) inglês. Enfatizava a importância do raciocínio indutivo(experimentação do que poderia ser passível de observação).

c) John Locke: filósofo e representante do empirismo inglês. Também foi um dos teóricos do liberalismo e humanismo. 

d) Galileu Galilei: defendeu o heliocentrismo (sol no centro do universo) em oposição ao geocentrismo (planeta Terra no centro do universo).

e) Johannes Kepler: elaborou as leis da mecânica celeste. Acreditava que os corpos celestes exerciam influência nos acontecimentos terrestres.

f) Isaac Newton: descobriu a lei da gravidade, contribuindo para o desenvolvimento da física e matemática.

Escolástica (Baixa Idade Média)

Módulo 10: Escolástica (Baixa Idade Média)

Contexto histórico:

* Cruzadas: conflito religioso entre os cristãos (ocidente) e os mulçumanos (oriente).
* Renascimento urbano e comercial. 
* Fortalecimento das cidades e do poder regional (real). 
* Surgimento de uma nova classe social (burguesia), construída em torno dos castelos medievais. 
* Crise do Feudalismo
* Período em que São Tomás de Aquino construiu a organização dos dogmas da Igreja, aproximando a filosofia de Aristóteles da doutrina cristã. 
* Foi nesse período em que a Igreja Católica criou as primeiras universidades. 
* Suma Teológica: principal obra de São Tomás de Aquino. 
* Para Aristóteles era preciso, através da razão,  ordenar e classificar o mundo, para posteriormente compreendê-lo . 
*  A razão é submetida à fé mas possui uma dinâmica autônoma, para que o ser humano, se aproxime de Deus. 
*Tipos de conhecimento:

A) Sensível: pelos sentidos. 
B) Intelectivo: alcance da essência universal das coisas, pela ciência (conhecimento racional).

* Relação entre Igreja e Estado: complementaridade e harmonia.

*A lei moral é reflexo da lei divina, que orienta a boa ação. 

* Três tipos de leis: 

1. Lei natural: indispensável à existência humana. 
2. Leis humanas: tem como base a lei natural e como objetivo e bem comum. 
3. Lei divina: orienta o ser humano ao seu objetivo sobrenatural, considerando que a alma é imortal.

Felicidade consiste na união do cristão com Deus (bem supremo).

A confissão é importante porque aproxima o ser humano de Deus e o faz refletir sobre suas ações.

Leis humanas são diferentes das leis divinas.

A liberdade consiste em agir de acordo com as leis humanas e divinas. A razão deve ser a medida das escolhas humanas (ética da responsabilidade).

O mal se constitui nas escolhas humanas e se caracteriza pela ausência do bem.

Escolástica (Baixa Idade Média): período de sistematização dos dogmas da Igreja (organização das verdades da Igreja). Nesse período quem se destacou foi São Tomás de Aquino, inspirado em
Aristóteles, filósofo da Grécia Antiga.

•Provas da existência de Deus. O autor utilizou a construção teórica de Aristóteles.

•Primeira via: primeiro motor imóvel. Se voltarmos no infinito encontramos o primeiro motor, que move todos os outros.

•Segunda via: primeira causa eficiente. Trata-se do efeito causado pelo primeiro motor imóvel.

•Terceira via: ser necessário e os seres possíveis.

•Quarta via: graus de perfeição. São estabelecidas a partir de uma referência, considerada “perfeita”.

•Quinta via: Governo supremo. Refere-se  a uma inteligência que governa todas as coisas de modo racional.

Pobreza, concentração de renda e desigualdade social.

Módulo 11: Pobreza, concentração de renda e desigualdade social.

Estado de bem estar social (Objetivos do capitalismo e do socialismo, conteúdo presente no YouTube/Elaina Sieiro).

No Brasil o Estado de Bem-Estar social se localizou na Era Vargas, com a redução das desigualdades e com objetivo de conservar a estrutura produtiva capitalista. 

Getúlio Vargas ampliou os direitos sociais para atrapalhar o desenvolvimento do movimento anarquista no Brasil. Naquela época os imigrantes italianos estavam organizados num movimento de luta por igualdade no âmbito anarquista (estabelecimento da propriedade coletiva e da liberdade coletiva através de uma revolução armada, para acabar com a propriedade privada e, consequentemente, com o capitalismo).

*A ONU criou o IDH para calcular a qualidade de vida da população no âmbito mundial.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Vida intensa na metrópole

Vida intensa na metrópole

➡Georg Simmel: o desenvolvimento urbano intensificou o cotidiano das pessoas. Esse processo produziu consequências, como o enfraquecimento dos relacionamentos interpessoais, em virtudes de caráter econômico da sociedade de mercado(capitalismo).

➡Quando as pessoas vivem no campo a realidade é muito diferente da vida na cidade (metrópole). No campo prevalece a relação orientada pela subjetividade e na cidade pela objetividade, indiferença e cálculo de vantagens.

➡Atitude de “reserva”: Nas cidades a quantidade de estímulos é imensa, com consequências psicológicas para as pessoas, comprometendo a capacidade de percepção humana acerca do mundo que a cerca.

➡Proximidade corporal e distância espiritual: ocorre em virtude da indiferença mútua entre as pessoas.



Morus e Maquiavel

Módulo 12: Morus e Maquiavel.

Idealismo e realismo na política

Política no Renascimento:

Fortalecimento do poder régio (real), revalorização das culturas grega e romana da antiguidade, surgimento do humanismo e início da separação entre política e religião.

Obs:
A religião se encontra na esfera privada, íntima e individual da vida humana. A política se encontra na esfera pública e coletiva da vida humana. Desse modo a religião se encontra na vida pessoal e a política na vida impessoal do ser humano.

No contexto histórico do Renascimento se destacaram dois teóricos muito importantes:

A) Thomas Morus:

Acreditava que qualquer formulação teórica sobre a política (relações de poder) deve primeiro ser idealizada para posteriormente ser colocada em prática.

Trata-se da idealização sendo mais importante do que a realidade concreta.

B) Nicolau Maquiavel:

Acreditava que qualquer formulação teórica sobre as relações de poder deveria partir da práxis, ou seja, da realidade concreta.

Ele concordava com Thomas Morus que a boa liderança política depende das qualidades pessoais (individuais e exclusivas) do líder.

Principais ideias de Maquiavel:

*Virtù (habilidade) e fortuna (sorte, oportunidade)

*Embora a história seja cíclica o futuro (destino), em última instância, é imprevisível.

*Questão ética: Os fins justificam os meios. Embora essa frase não tenha sido dita por Maquiavel é associada ao seu modo de compreensão das relações de poder.

*Religião e ações do príncipe.