Texto: Crime e pobreza: velhos enfoques, novos problemas.
Michel Misse
Questões importantes:
Relações entre crime e pobreza no imaginário social e na literatura sociológica.
- 1981: educação e serviço social.
- Temática do crime:direito penal e psiquiatria.
OBS: Presídio de Ilha Grande: origem do comando vermelho (RJ) e Primeiro comando da capital (SP).
Formação do crime organizado como resultado da influência dos presos políticos sobre os presos comuns.
Importância da institucionalização das ciências sociais (sociologia,antropologia e ciência política ) no Brasil.
Limitações da abordagem marxista:
1. A questão criminal não podia ser resumida a uma análise de classes.
2. A questão criminal era resultado,em seus principais aspectos,de uma estrutura social que sucumbia em suas contradições internas.
O que fizeram então os marxistas?
1. Alertaram para os crimes do capital
2. Alertaram para os dispositivos de violência do Estado.
De acordo com tais argumentos os marxistas diziam que a relação entre crime e pobreza gerava benefícios para as classes dominantes e precisava ser desmascarada.
Crime e pobreza: a conjuntura temática no Brasil.
Anos 70: fortalecimento do crime organizado.
Contribuição de Foucault: mudança de enfoque sobre a questão da criminalidade na obra Vigiar e Punir.
"Foucault desloca estrategicamente os velhos enfoques de 'causalidade' na questão criminal e discipliná-la .."
Crime e pauperismo:os "velhos enfoques" e sua crítica.
Anos 80: principais questões.
* Polícia
* Justiça
* Penitenciária
* Pobreza
* Criminalidade
Patologia médica e patologia social: herança do início do século XX (ideologias socialistas e positivistas).
Três tipos de crítica:
1- "Bretchiano" ou estrutural: a pobreza explica a relação entre a pobreza entre pobreza e crime.
2- Relativista: a criminalidade se encontra em todos os segmentos sociais mas o pobre é mais perseguido.
3- Estatística: explicação da relação entre crime e pobreza pelo cruzamento de dados e a sua produção.
Crime,pobreza e imaginário social: alguns fantasmas persistentes.
1º) A pobreza ganha abrangência em nossa história e não serve mais para explicar qualquer coisa (de modo generalizado): por causa da questão da violência urbana.
2º) Simmel: o pobre é construído na sua designação como tal, como aquele que a sociedade considera precisar de ajuda, de assistência humanitária. (Brasil: existe mobilidade social? Milhões de pessoas precisando?)
3º) Maleabilidade de noção de "pobre" no Brasil houve associação entre crime e pobreza. Isso é errado !!!
*Como os ricos e a classe mídia percebem a pobreza?
* Fantasmas que possuem as marcas da pobreza e as mãos criminosas possuem um traço em comum:A REVOLTA.
As críticas à associação entre crime e pobreza:
Fantasmas:
- Crime é diferente de pobreza.
- Função pedagógica da mídia.
- Tipos de crime.
- Produção dos dados estatísticos:mecanismos institucionais de perseguição socialmente contaminados por uma associação crime-pobreza estereotipada, perversa,
- Realidades criminais específicas:distintas do crime organizado.
- A forma como as crimes são igualados pela percepção social e reação moral. Serve somente para denunciar a justiça distributiva das pernas.Isso é indispensável para compreender a formação do "fantasma" da sua "autonomia de sentido" e da "cultura do medo". É desse perfil que surge a ideia de "violência urbana".
- Preocupações do autor:
Identificar e combater o que há de errado na associação pobreza.
Compreender o crime no imaginário social.
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