“Separação" entre ciência e
filosofia: o racionalismo (Descartes) e o empirismo (Bacon, Locke e Hume) são determinantes para essa separação, que aconteceu a partir da modernidade, porque foram criados métodos (Karl Popper, Thomas Khun e Feyerabend) para a produção do conhecimento. Se um pesquisador não obedece ao método vigente na sua época, seu trabalho não é considerado científico.
Separação
entre Filosofia e ciência: acontece quando aparecem o racionalismo e o empirismo,
na modernidade, eles dão construção teórica para o método científico, a partir
da indução e dedução.
Subjetividade é o homem explicando a realidade, aquilo que está fora dele. Tem um sentido íntimo porque é o homem que está explicando. É diferente da antiguidade pré-socrática, porque naquela época não existia uma separação real entre sujeito e objeto, era como eles buscavam o princípio original, a arché, era como eles viam uma única coisa. Não havia separação de sujeito e objeto. Não é que a subjetividade tenha surgido na modernidade, mas com Aristóteles e Platão isso vem sendo construído, mas ainda havia ligação entre sujeito e objeto.
Aristóteles: começa a separação entre sujeito e objeto, ou seja, o que é o homem e o que está fora dele. Ele é o primeiro a perceber a natureza de modo científico, através de uma razão observadora e especulativa, tendo como objeto de estudo os princípios e as causas das coisas que existem no mundo.
Na Idade Média tudo era explicado por Deus, o homem era um objeto explicado por uma divindade. Com o uso da razão e da experimentação é que surge a proposta de que o ser humano é um sujeito que não só pensa como explica tudo que está fora dele, então é o homem que cria uma noção da realidade. Para São Tomás de Aquino a ciência seria o processo através do qual o ser humano utiliza a sua mente para conhecer algo.
Bacon: defesa de uma ciência mais empírica.
O método científico foi criado com o surgimento do
racionalismo e do empirismo na modernidade.
Racionalismo: Método Dedutivo (Cartesiano).
Empirismo: Método Indutivo (comprovado a partir da quantidade de vezes que o mesmo fenômeno se manifesta).
Necessidade de junção entre os métodos = Método científico (busca
comprovar a verdade).
Aquele que usa o método científico = cientista.
Mudança da compreensão social da ciência.
Ascensão da classe burguesa: substituição de produções artesanais por
uma divisão do trabalho focada na produção em larga escala.
Investimentos voltados para as áreas da ciência buscando grandes avanços
e melhorias de produção.
Razão observadora e especulativa (Aristóteles) X razão empírica e prática (Bacon)
René Descartes propôs um método baseado na dedução matemática,
instaurando a ciência sobre verdades simples.
Francis Bacon defendeu a valorização da ciência experimental e criticou
a separação entre teoria e prática.
Galileu: começou os estudos sobre o heliocentrismo, ou seja, mudança do geocentrismo (planeta Terra no centro do Universo) para o Heliocentrismo (Sol no centro do Universo).
Copérnico confirmou a tese do Heliocentrismo através de modelos matemáticos.
Newton: Descoberta da Lei da Gravidade.
Cientificismo chegando ao auge em Comte, com o positivismo.
A ciência assume o lugar de fundamento da compreensão aderindo a
promessa de atingir um futuro melhor.
Para Comte, a ciência substituiria a religião. Ele possuía uma
perspectiva evolucionista. Para ele, as sociedades humanas passariam por 3
estágios:
Teológico: realidade explicada de modo sobrenatural.
Metafísico: quando a explicação sobrenatural não é suficiente e as respostas são procuradas através da metafísica, isto é, tudo o que se localiza além do mundo físico, material, mas rejeita qualquer explicação que seja sobrenatural.
Positivo/Científico: aceita somente explicações que possuam comprovação científica. Por isso que a existência dos métodos científicos são importantes.
As sociedades humanas possuem dinâmica (progresso): o que muda de uma
cultura para outra; e estática (ordem): o que é fixo em qualquer cultura.️
Inspiração da bandeira brasileira: ordem (estática) e progresso (dinâmica).
Conceito de Subjetividade: Tem origem em sujeito, indivíduo que é capaz de controlar as próprias ações. É o proprietário da própria ação, ou seja, o que é do sujeito e a ele se refere. Trata-se de uma interpretação individual, Envolve a capacidade de interpretação da consciência humana a partir das experiências humanas (sentimentos, pensamentos e emoções).
Conceito de Objetividade: imparcial e permite unificar as respostas para a mesma compreensão de todos.
Descartes separa o sujeito do objeto (método cartesiano). Para ele, é possível produzir conhecimento científico através da razão.
Evidência: pesquisa sobre problema evidente.
Análise: coleta de informações.
Ordem: organização de simples e fáceis para as mais complexas e difíceis.
Enumeração: verificação se falta algo para o método.
Bacon, Locke e Hume (observação das repetições dos fenômenos): criticam
essa ideia de um sujeito anterior a experiência objetiva, pois para eles há a
necessidade de uma experiência empírica. Kant traz uma síntese afirmando que a
razão é fruto de experiências combinadas.
Subjetividade é a visão que o ser humano tem do mundo que o cerca,
dependendo das suas experiências na vida em sociedade.
Darwin e Freud na modernidade:
Darwin contestou uma tradição que colocava o homem como superior ou
destacado da realidade.
Freud revelou que o ser humano possui um subconsciente. Ele identificou
a falta de controle do homem, frustrando a pretensão moderna de pleno controle
da razão.
Diferença entre Hegel e Marx:
Para Hegel o método dialético envolve o desenvolvimento da consciência humana para que sejam desenvolvidas as esferas da vida humana. Marx inverte essa compreensão ao afirmar que é a produção da vida material (que ele localiza na infraestrutura das sociedades humanas) que determina o desenvolvimento da consciência humana (localizada na superestrutura das sociedades humanas). E assim Marx construiu a partir da dialética de Hegel a tese do materialismo histórico e dialético. A história da humanidade é determinada pelo conflito entre oprimidos e opressores por causa da posse dos meios de produção da vida material.
Nietzsche:
O ser humano está dentro das relações de vontade de poder.
Não deposita muita credibilidade na ciência.
A ciência se opõe à arte porque a primeira justifica moralidade e a segunda como revelação da vontade.
Ciência mais técnica para Nietzsche se divide em duas partes:
1. Quem acredita em valores universais e não reconhecem saber apenas uma parte do todo. É a pessoa que acha possível que no mundo todas as pessoas sigam determinados tipos de comportamento. Quem vê o mundo desse modo não aceita que nem conhece o a totalidade da vida humana.
2. Quem reconhece que é impossível conhecer a totalidade da vida humana e nem perdem tempo tentando entender.
Para o autor as duas visões de mundo precisam ser superadas.
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