terça-feira, 21 de julho de 2020

Etienne de La Boétie: servidão voluntária. Por Leandro Karnal.


Etienne de La Boétie: servidão voluntária.
Motivação do ser humano para a obediência a um tirano, abrir mão da liberdade, da autonomia.
A quem nos entregamos após conquistarmos a liberdade?
Biografia: foi um homem do século XVI, época do Renascimento na França, nasceu em 1530 e faleceu em 1566. Era burguês da região Sul da França, era humanista no Renascimento.
A polarização política compromete as relações de poder.
Os tiranos chegam ao poder através de três caminhos: eleição, violência ou sucessão.
A servidão pode ser mais prazerosa do que a liberdade. Trata-se do medo da liberdade, da resistência a autonomia.
Ele trata do súdito e não do governante.
A liberdade não traz necessariamente a felicidade.
Resistência pacífica: para que um governo perca força basta que o povo deixe de apoiá-lo.
O hábito coletivo faz com que as pessoas aceitem viver situações “absurdas”, que sejam naturalizadas.
O tirano efeminiza o cidadão, que fica sem iniciativa e sem virilidade.
Leandro Karnal considera melhor trocar o termo efeminizar por infantilizar ou alienar, por uma questão histórica.
O tirano não governa somente através da religião e do hábito. Ele precisa de assessores porque cada um desses manda em uma quantidade maior e assim sucessivamente e sempre com a prática a tirania. Trata-se de uma pirâmide onde a tirania se reproduz nas diversas esferas da vida social.
Custo da tirania é alto: eles não são amados, não têm amigos, mas cúmplices. O preço da tirania é a solidão. A amizade floresce na igualdade e por isso o tirano estará sempre sozinho.
“Quando os maus se reúnem há uma conspiração e não uma sociedade.”
Etienne pergunta por que as pessoas obedecem determinações absurdas de governos? Por que reclamam umas com as outras, mas não têm nenhuma iniciativa para impedir que o governo estabeleça o cumprimento de determinações absurdas?
“Sejam resolutos em não servir e vocês serão livres.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário