sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Filosofia - 2° ano

Filosofia
Módulo 1: Moral e política na antiguidade
Democracia Ateniense.

Sócrates: método dialético (ironia e maiêutica), para alcançar a verdade "fixa".

Sofistas: retórica (convencimento através de argumentos). Nesse tipo de método a verdade é relativa.

Platão e a justiça das virtudes: para esse autor a virtude nasce com a pessoa e será identificada através da educação.

Quem estuda até 20 anos possui alma de bronze, possui a temperança como virtude e pode trabalhar para a substância da cidade (artesanato).

Quem estuda até 30 anos possui alma de prata, possui como virtude a coragem e pode trabalhar na defesa da cidade (guerreiros).

Quem estuda além dos 30 anos de idade possui alma de ouro, possui o senso de justiça como virtude e pode trabalhar em funções relacionadas ao magistrado (juízes).

Aristóteles

Diferente de Platão, Aristóteles considera que a virtude pode ser desenvolvida, pelo hábito e/ou pela aquisição de conhecimento, ou seja, pela educação.
O ser humano, para ele, é um animal político porque a sua natureza o impulsiona a viver em sociedade e discutir sobre o que é bom para o bem dela.
A felicidade de (eudaimonia) pode ser alcançada através do hábito da busca pelo justo-meio (equilíbrio).

Módulo 2

Idade Média: Patrística e Escolástica.

-> Alta Idade Média (Patrística):

Período de construção da legitimidade (aceitação) do cristianismo.

Quem se destacou nesse período foi Santo Agostinho, inspirado por Platão.

Teoria da Iluminação: conhecimento revelado pela fé.

A fé se localiza acima da razão.

Cidade de Deus e Cidade dos Homens.

Agostinismo político: o poder político deve estar subordinado à Igreja.

O mal é resultado das escolhas humanas.

Deus põe uma centelha divina na humanidade, mas somente alguns a consideram e se convertem.

-> Baixa Idade Média (Escolástica)

Quem se destacou nesse período foi São Tomás de Aquino, inspirado por Aristóteles.

Felicidade consiste na união do cristão com Deus (bem supremo).

A confissão é importante porque aproxima o ser humano de Deus e o faz refletir sobre suas ações.

Leis humanas são diferentes das leis divinas.

A liberdade consiste em agir de acordo com as leis humanas e divinas. A razão deve ser a medida das escolhas humanas (ética da responsabilidade).

O mal se constitui na ausência do bem.

Período de sistematização dos dogmas da Igreja (organização das verdades da Igreja).

•Provas da existência de Deus. O autor utilizou a construção teórica de Aristóteles.

•Primeira via: primeiro motor imóvel. Se voltarmos no infinito encontramos o primeiro motor, que move todos os outros.

•Segunda via: primeira causa eficiente. Trata-se do efeito causado pelo primeiro motor imóvel.

•Terceira via: ser necessário e os seres possíveis.

•Quarta via: graus de perfeição. São estabelecidas a partir de uma referência, considerada “perfeita”.

•Quinta via: Governo supremo. Refere-se  a uma inteligência que governa todas as coisas de modo racional.

Módulo 3 - Maquiavel

Tratou da disputa, conquista e manutenção do poder.

Inaugurou a práxis na política.

Considerou que as ações humanas são imprevisíveis.

Para Maquiavel a história é cíclica.

Destacou a importância da autonomia humana na ação política.

Virtù: habilidade pra tomar decisões.

Fortuna: momento oportuno, sorte.

O bom governante deve assegurar a coesão social.

Se for fazer algo mau que seja de uma vez só, porque as pessoas esquecerão.

Mas se for fazer algo bom que seja aos poucos, para ficar na memória do povo.

Entre ser temido e ser amado é melhor ser temido, porque as pessoas são pouco fiéis ao amor. Mas o excesso de temor pode gerar ódio. Esse sentimento pode desestabilizar o exercício de poder, porque o ódio mobiliza.

O líder político não pode confiar em ninguém, porque há risco de traição.

A força do líder político é a sustentação da moralidade.

A violência deve estar submetida ao controle institucional.

Em situação de conflito e muita disputa comercial o governante não deve intervir na vida privada.

Os seres humanos são naturalmente perversos, em virtude das relações de poder desde a infância.

A moral deve submetida aos interesses políticos.

Módulo 4 - Kant

Para Kant o Iluminismo não foi capaz o suficiente de promover a emancipação humana no plano moral e político, e o virtude da preguiça e comodidade do ser humano, apegado a velhas distrações e convicções. Essa situação é definida por Kant como menoridade, para de que o ser humano saia da menoridade e vá para maioridade, é necessária a liberdade plena do uso da razão. O homem esclarecido deve ser capaz de reconhecer qual dever é justo.

Ação conforme o dever é particular,  diferente de ação por dever, que é universal.

A boa vontade equivalente à ação por dever (bússola moral). A ação por dever torna o ser humano emancipado, livre e autônomo. É uma ação ética. Trata-se do que correto em qualquer lugar do mundo, portanto, é universal.

O imperativo hipotético consiste num objetivo particular. O imperativo categórico é universal.

Módulo 5 - Kant e a teoria dos juízos

O autor realizou o que se conhece na filosofia como Revolução Copernicana. Kant utiliza o racionalismo, proposto por Descartes e o Empirismo, proposto por Bacon, Locke e Hume.

Para o racionalismo é possível alcançar o conhecimento através do uso da razão. Para o empirismo a razão não é suficiente, porque as experiências empíricas são indispensáveis para o processo de construção do conhecimento.

Kant utiliza o racionalismo para construir a tese do juízo a priori, que é universal e independente da cultura (hábito coletivo), é um tipo de juízo analítico. Ex: todo que quadrado possui quatro lados.

Kant utiliza o empirismo pra construir a tese do juízo a posteriori, que é particular e depende da cultura (hábito coletivo), é um tipo de juízo sintético. Ex: aquele carro é vermelho.

Questão da moralidade:

-Moral: significa seguir as regras construídas no âmbito cultural(hábito coletivo).

-Imoral: significa conhecer as regras sociais(cultura) e não agir de acordo.

-Amoral: significa não obedecer as regras sociais por falta de conhecimento.

Juízo de fato: corresponde a uma constatação inquestionável. Ex: Está chovendo.

Juízo de valor: corresponde a uma determinada interpretação. Ex: A maturidade torna os adultos mais compreensivos em relação ao próximo.

Módulo 6

Contextualizando a filosofia moral

(Liberalismo inglês)

Jeremy Bentham criou o conceito de utilitarismo no final da revolução francesa. Ele considerou que a natureza humana tende a buscar a maximização do prazer e minimização da dor.

Para Bentham o princípio ético deve estar em convergência com a natureza humana. Nesse sentido à ação ética deve buscar a maximização do prazer, a fim de alcançar a felicidade ele considera que a ação é ética quando é útil para alcançar a felicidade. E desse modo foi criado o conceito de utilitarismo. Trata-se de uma das principais premissas do liberalismo.

Em relação ao exercício do poder político, Bentham considerou que um ato justo é o que leva em conta a maximização do prazer (felicidade) de todos que serão afetados por pelo ato político.
Ex: ação política da secretaria de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro.

Para Bentham o ato político pode ser elaborado e analisando a partir de um cálculo matemático para verificar se foi justo ou injusto.

John Stuart Mill desenvolve o conceito de utilitarismo criado por Bentham. Stuart mill considera que o princípio utilitarista deve considerar os aspectos morais da sociedade, construídos no âmbito cultural (hábito coletivo). Desse modo o autor resgata a proposta de Aristóteles de hábito como princípio ético.

Para Aristóteles o ser humano é um animal político e tende a buscar a felicidade através do hábito orientado pela justa-medida, sem faltas ou excessos. E na vida em sociedade as ações humanas teriam como objetivo o bem comum.

Módulo 7

História da ciência

1.Estudo e desenvolvimento da produção teórica, pensamento racional.

2.A ciência pragmática, o conhecimento anterior à qualquer narrativa histórica. Ex: construção de habitação.

3.O meio contava com uma estrutura simbólica de descrição. Com a expansão comercial grega surgiu a filosofia e a produção do conhecimento se tornou sistematizada o (organizada).

4.Pré-socráticos: estudavam a physis (universo/mundo físico) e a arché (elemento que deu a origem do universo), cosmologia.

5.Sócrates e Platão: estão preocupados com o estudo das questões morais. Eles buscam questões universais – verdades "fixas".

6.Aristóteles: questionou a percepção dualista de Platão (mundo sensível e mundo inteligível), e introduziu a ideia de substância.

Platão: Alegoria da caverna (dualidade):
Fora da caverna: mundo inteligível – esclarecimento.

Dentro da caverna: mundo sensível – ignorância teórica.

Aristóteles: substância (unicidade).

-A física aristotélica é observacional. 

-Na idade média houve o resgate da ciência clássica (grega).

-A expansão da escolástica valorizou a física grega como procedimento científico.

-Revolução científica transição da ciência observacional e passiva para a experiência, que culminou na associação entre a física e a matemática, em virtude dos caracteres  quantitativas.

-Copérnico propôs o heliocentrismo, em oposição ao geocentrismo de Aristóteles. 

-Galileu foi o principal representante do método experimental. Superou a dualidade aristotélica do espaço, em que o universo estaria dividido em duas partes: sublunar e supralunar.

Módulo 8 - Thomas Kuhn

Paradigma: conjunto de métodos e procedimentos utilizados em uma pesquisa científica.

•Promoção da discussão entre a perspectiva e a proposta das ciências humanas.

Conhecimento técnico (XIX) ≠ Conhecimento “humano” (XX) → visão humana e histórica.

•Ciência enquanto estrutura histórica:

a)Pré-ciência: sem paradigma (conjunto de teses e hipóteses de uma estrutura lógica) que organize a produção científica.

b)Ciência normal: referência para construção de um saber científico, é o paradigma, nesse momento é a tradição.

c) Crise – revolução: questionamento dos paradigmas vigentes.

d) Nova ciência normal – nova crise: quando os novos paradigmas, após serem adotados, são questionados.

→ Incomensurabilidade e o seu relativismo: não existe paradigma superior ou inferior, porque cada paradigma depende da cultura, e por esse motivo atende e corresponde à momentos históricos específicos.

Módulo 9:

HISTÓRIA DA CIÊNCIA

Popper e a falseabilidade

Indução: premissas particulares → verdade geral

Dedução: premissas gerais → conclusão particular

Admissão de uma verdade por conclusão → noções assumidas como verdade anteriormente.

•Indução ingênua: é considerada a partir do momento em que um determinado caso se repete em todos os testes. Nesse sentido o fenômeno será considerado como “lei”.

•David Hume: proposta de probabilidade:

1.Ceticismo: fé na razão indutiva.

2.Razoabilidade e funcionalidade: tem funcionado?

3.Separação do princípio indutivo da base da ciência.

•Proposta de Popper: Falsificacionismo (toda construção científica tende a ser superada ou legitimada por novos cientistas).

Importância da observação e experiência.

Ciência como resultado das tentativas de falsear (provar que estão erradas, que podem ser superadas) as teorias anunciadas (reconhecidas como legítimas no campo científico), para referendá-las (confirmar) ou desconstruí-las (superá-las com novas teorias científicas).

Humanas ≠ Mercado de trabalho

Módulo 10: Feyerabend.

Noção de “vale tudo” na produção científica: é impossível estabelecer qualquer regra universal, porque existe o risco do “dogmatismo científico”, que produz uma ciência que promete o progresso.          
 
Ele destaca a importância da verificação da produção científica num plano concreto, para submeter ao teste a sua vaidade, e desse modo, tornando possível algum tipo de crítica, para favorecer o desenvolvimento do progresso no âmbito científico.

Toda crítica possui como motivação as produções teóricas existentes. Essa crítica se dirige às limitações vigentes nos métodos anteriores.  

* Incomensuralidade: proposta de Kuhn, sobre a incomensuralidade dos paradigmas. Para Feyerabend uma prova da necessidade de maior liberdade na produção científica.

Módulo 11:

Formação do Estado Moderno
Período de centralização das Monarquias Absolutas.

Portugal: O Estado Moderno se formou entre os séculos XI e XII,foi o resultado da expulsão dos árabes.Esse período foi conhecido como Reconquista.

Espanha: Processo de Unificação que se completou em 1492,com a descoberta da América.

Inglaterra: Teve o processo de Unificação direcionado pela Magna Carta.

Maquiavel: Tratou do processo de disputa,conquista e manutenção de poder.

Montesquieu: Construiu a tese de bipartição dos poderes,onde um poder fiscalizaria o outro com objetivo de impedir o despotismo (abuso de poder).

Obs: Executivo, judiciário e legislativo.

Hobbes: Foi um dos autores contratualistas que defendeu a ideia de um Estado Soberano,com poder inquestionável e irrevogável.

Jacques Bossuet: Defendeu o direito divino dos reis.

- Questão Social: o renascimento urbano e comercial, associado ao declínio da nobreza feudal, fortaleceu a centralização do poder régio (real) e a burguesia. 

- O rei passa a administrar as relações políticas. Nesse sentido houve o processo de construção de legitimidade dos burgueses e aristocratas. Foi nesse período em que a propriedade privada se tornou uma importante questão de debate político, inclusive por Locke. 

- Reformas Protestantes: 

a) Lutero: questionou a Igreja Católica, defendendo a salvação pela fé. 

b) João Calvino: defendeu a proposta de Santo Agostinho de centelha divina, chamando-a de "predestinação". Nesse sentido, não há salvação pela fé, mas por eleição. Deus escolhe seus eleitos. O sucesso da vida material seria um sinal da predestinação.

 - Max Weber estudou a relação entre o calvinismo e o desenvolvimento do capitalismo. Ele constatou que o ETHOS do protestante calvinista diante da religião (ação racional moral) e do trabalho (ação racional com finalidade) favoreceu o desenvolvimento do espírito do capitalismo (cálculo de custos e benefícios, que se concretizam na maximização do lucro). 

- Reforma Anglicana: o rei Henrique VIII promoveu a Reforma Anglicana porque queria trocar de esposa. A Igreja Católica não permitiu porque tinha aliança polícia com a família da esposa dele. 

- Simonias: vendas de favores de caráter religioso ou de itens sacros. 

- Indulgências: venda de perdão pelos pecados.

Módulo 12 e 13 - Contratualismo.

       Os autores contratualistas buscam a origem do Estado. Mas não se trata da origem histórica do Estado. Eles buscam o motivo pelo qual as pessoas, em algum momento da história, decidiram obedecer a um Estado. Hobbes, Locke e Rousseau compreendem a origem do Estado a partir da existência um suposto "Estado Natureza". 

       Para Hobbes, no Estado de Natureza, todas as pessoas tinham diretor a tudo, por isso poderiam matar umas às outras. Era um ambiente de ausência de paz. Hobbes entende que as pessoas não são sociáveis por natureza e por esse motivo deveriam obedecer a um Estado comandado por um líder com poder inquestionável e irrevogável. Esse Estado deveria assegurar a paz e a vida. 

       Para Locke, o Estado da Natureza seria um ambiente de relativa paz. Nesse sentido, as pessoas deveriam obedecer ao Estado para assegurar a paz, a vida, a propriedade privada e a liberdade individual. Assim foram lançadas as bases do que atualmente conhecemos como liberalismo. 

       Para Rousseau, o Estado de Natureza era um ambiente de paz, porque a propriedade era coletiva e a liberdade também. O surgimento da propriedade privada teria colocado fim ao ambiente de paz e estabelecido a desigualdade entre os homens. Por esse motivo, o Contrato Social deveria ser orientado pela vontade geral, uma vez que atender a vontade de todos seria impossível. De acordo com a vontade geral, as pessoas formariam um corpo político para decidirem o que seria melhor para a totalidade da vida social. 

       Tanto para Locke quanto para Rousseau, o contrato social seria questionável e revogável.

Módulo 14: Montesquieu.

→ Ciências naturais: é possível a reprodução da experiência ≠ Ciências sociais: é impossível a reprodução da experiência.

•Leis positivas (tipos):

1.Que regulamentam as relações entre os governados.

2.Que regulamentam as relações entre governantes e governados (sobre as questões de poder).

3.Que regulamentam a relação entre os estados (política externa).

→ Leis naturais são universais ≠ Leis positivas são particulares.

Pensamento multicultural: entra em conflito com a cultura local.

Cultura: hábito coletivo com duplo caráter (histórico e social).

Questão antropológica: diversidade cultural.
Formas de governo:

1.Aristóteles:

Qualquer forma boa de governo deve contemplar a totalidade da vida social, nenhum grupo pode governar para si mesmo, mas para toda a sociedade.

Governo bom de uma pessoa: monarquia. Se ficar ruim se torna tirania.

Governo bom de poucas pessoas: aristocracia. Se ficar ruim se torna oligarquia.

Governo bom de muitas pessoas: politeia. Se ficar ruim se torna democracia.

Obs: O contexto histórico em que Aristóteles vivia a democracia ateniense, orientada pelos sofistas, que promoviam a retórica, sem compromisso com a verdade.

Módulo 16

O Brasil é uma República Federativa: Significa que há autonomia entre os Municípios, Estado e União (Poder exercido pelo Governo Ferderal). No Brasil essa autonomia é menor, nos EUA é maior. 
Atribuições dos três poderes:

*Poder Executivo:

>Responsabilidades administrativas.

>Gestão de recursos.

>Regulação do mercado.

>Criação de estruturas para o desenvolvimento do país. 

>Fazem parte do poder executivo: presidente, governadores, prefeitos, ministros e secretários.

*Poder Judiciário:

>Resolve os conflitos de origem pública e privada:

>Organização do modelo eleitoral e eleições.

>Organiza a documentação de quem pode participar das eleições.

*Poder Legislativo:

>Responsável pela criação das leis.

>Trabalha em harmonia com o poder executivo.

*Diferença entre deputados e senadores no poder legislativo federal:

>O legislativo federal se divide em Câmara dos Deputados e Câmara dos Senadores.

>A Câmara dos Deputados representa a população.

>A Câmara dos Senadores representa os Estados Federais e o Distrito Federal.

>Uma lei só pode ser sancionada com o apoio das duas Câmaras.

*Para que haja democracia é importante a governabilidade e a representação.

*Sistemas eleitorais:

a)Modelo majoritário: Utilizado para o poder executivo.

b) Modelo proporcional: Utilizado para o poder legislativo.

*Parlamentarismo: O executivo é escolhido pelo poder legislativo, eleito diretamente pela população.

*Presidencialismo: O executivo é escolhido pela população, assim como o legislativo.

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