Hannah Arendt pensou sobre a relação entre o silêncio do ser humano e as
maldades que o cercam no que diz respeito ao convívio social. Esse silêncio é
equivalente à cumplicidade que contribui para a conservação de práticas sociais
desumanas.
Não há indiferença política, pois ela está relacionada aos valores morais.
A banalidade do mal está na indiferença que temos na desigualdade.
A ignorância de uma situação ou a recusa à ação, não me torna isento de responsabilidade.
Moralidade em colapso, dificuldade em discernir o que é certo e errado, temos dificuldades em aceitar o que é certo e errado e flexibilizamos.
A banalidade do mal desafia o pensamento, pois o pensar é o que nos torna humanos. O pensamento é ameaçador porque desestabiliza.
Obediência é equivalente a apoio e pode gerar incômodo.
Troca a ideia de natureza para condição humana em virtude das transformações que as pessoas passam no decorrer da vida, envolvendo a questão das escolhas.
Questões específicas demandam soluções específicas.
O questionamento é exercício de liberdade e político, porque envolve a nossa capacidade de ação no sentido de transformação da realidade.
A verdade (aleteia) é diferente da opinião (doxa). Nem sempre a verdade coincide com a transparência, porque existem coisas que não são ditas.
O silêncio diante do que é desumano não isenta o ser humano de responsabilidade. A transparência é o desdobramento do pensar, que significa buscar as origens das questões e como podemos interagir e transformar. E nesse sentido o pensar é uma tarefa política porque envolve uma forma de dar significado ao mundo.
Fonte: CPFL, palestra do filósofo José Alves de Freitas Neto.
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