Desconfiança das crenças acerca das
verdades.
A natureza humana deve ser pensada de
modo experimental no sentido de que a vida é resultado de mudanças constantes.
Não há separação entre a razão e as
paixões, porque ambos são impulsos e, portanto, afetos.
A vida é uma luta interna de impulsos
físicos e psicológicos sem objetivos. E nesse processo o ser humano não possui
controle em última instância sobre tais impulsos.
Somos seres humanos plurais,
movidos por impulsos e o mundo se
constitui numa pluralidade de forças.
Sendo uma parte do mundo o ser humano
altera o universo com suas ações.
Compreendeu que o ser humano está
dentro das relações de vontade de poder.
Não deposita muita credibilidade na
ciência. A ciência se opõe à arte porque a primeira justifica moralidade e a
segunda como revelação da vontade.
Ciência e a técnica para Nietzsche se
dividem em duas partes:
1.
Quem acredita em valores universais e não reconhece saber apenas uma parte do
todo. É a pessoa que acha possível que no mundo todas as pessoas sigam
determinados tipos de comportamento. Quem vê o mundo desse modo não aceita que
nem conhece o a totalidade da vida humana.
2.
Quem reconhece que é impossível conhecer a totalidade da vida humana e nem
perde tempo tentando entender.
Para o autor as duas visões de mundo
precisam ser superadas.
> Genealogia da moral:
a) Moral do senhor (aristocrática):
Produz a ordem social e compreende que o bem e mal são concomitantes.
b) Moral do escravo (religiosa):
compreende que a busca pelo poder é algo ruim (ressentida).
Obs: Cristianismo é platonismo para as
massas (pobres) porque produz a moral do escravo.
> Vontade de poder: dinâmica de
substituição de valores com base no conhecimento acumulado ao longo da vida.
> Último homem: se orgulha da
falência dos valores morais (metafísica) e tem o niilismo como princípio.
> Niilismo: redução do mundo a
nada em seus valores. Trata-se da experiência do “nada” → Nihil.
> Ressentimento: quando a pessoa
fica buscando o sentido da vida, e por isso é covarde.
> Amor fati: amor ao destino e
consciência de que a vida humana não possui significado.
É o amor fati que desperta a vontade
de potência.
> Ideia de dança: o ser humano
aceita o destino (amor fati) e vive conforme as experiências boas e ruins da
vida.
> Transvalorar significa lançar-se
no abismo que é a experiência humana, através do amor fati, dançando a dança do
cosmo e aceitando a ausência de sentido da vida.
> Além homem/Super homem: entende
que a vontade é o principal motor das ações humanas.
Nietzsche entendeu as relações humanas
a partir da desconfiança das crenças acerca das verdades. A natureza humana
deve ser pensada de modo experimental no sentido de que a vida é resultado de
mudanças constantes. E nesse sentido não há separação entre a razão e as
paixões, porque ambos são impulsos e, portanto, afetos.
A vida é uma luta interna de impulsos
físicos e psicológicos sem objetivos. E nesse processo o ser humano não possui
controle em última instância sobre tais impulsos.
Sendo uma parte do mundo o ser humano
altera o universo com suas ações.
A morte de Deus: Deus é um produto do ressentimento humano e do medo diante da indiferença do universo.
Ressentimento: sentimento de vazio diante da indiferença do universo à experiência humana. Por isso o ser humano produz significado, porque lhe falta coragem para suportar a realidade.
Ex: Quando a pessoa acha que o sol existe para aquecê-la e foi criado por um Deus que a ama.
O “além do homem” é aquele que entende
a vontade como principal vetor das ações humanas.
Genealogia da moral:
A alegria liberta o ser humano e a
tristeza debilita. O sentimento da alegria é emancipatório na medida em que se
conhece o sofrimento, a tristeza. Mas não devemos permanecer no sofrimento
porque não representa a totalidade da experiência humana.
Ideia de retorno: está curado da
doença quem é capaz de reviver todas as experiências da vida.
Eterno retorno do mesmo: retorno no
sentido do ressentimento, do que não tinha sido elaborado.
No campo da psicologia existe a
possibilidade de tratamento através da proposta de super homem como processo de
cura, através da externalização de toda metafísica. Porque a vontade de
potência que desperta o amor fati.
Amor fati: teoria trágica, do amor ao
destino, estamos aqui pra dançar, o super homem tem dentro dele a dança do
cosmos, que tem em si a beleza e a crueldade, é o homem que aceita a ausência
de sentido, sabe dançar, que não teme as experiências da vida em suas
dualidades. Nietzsche é um trágico alegre. É no momento da vontade de potência
que o homem está no amor fati.
Religião é diferente de mito porque se
fosse igual Deus seria uma criação cultural e a religião sustenta o contrário.
Se Deus é uma criação cultural, não existe. Religião é revelação localizada
fora da instância humana.
Martelo: o que for rachando não
consegue chegar ao amor fati, que é a vivência da vontade de potência em si.
*Esse resumo foi construído a partir
das palestras dos professores Luís Felipe Pondé e Scarlett Marton.
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